Busco no espaço, respostas que em mim não encontro.
E o que vejo, são reflexos do que sei, mas não compreendo.
Até quando lutarei por respostas, se não encaro as perguntas?
(Esyath Barret)
Já escrevi muito ao longo de toda
a minha vida. Ficção, poesia, prosa, contos, diário pessoal e meu maior
investimento: o começo do meu livro. Não o terminei por diversas razões,
provavelmente por temer o fim, e decepcionar a mim mesma com um texto ruim,
fruto de incapacidade e fracasso.
Existem pedaços de mim espalhados
por blogs, arquivos de word, cadernos, guardanapos e agendas. Acho que é um
reflexo de como me vejo: um bloco que se fragmentou em pedaços profundos e em
partículas finas e superficiais.
Quando encaro esses fragmentos,
noto que existem vários portais em mim, que trazem a luz... incontáveis versões
de quem sou. Ao mesmo tempo, todas levam a mesma estrada: uma pessoa
incompleta.
Alguém que mudou muito, e ainda
se transforma constantemente, naquilo que mais abomina, e naquilo que deseja
ser. A questão é: quando isso terminará?
Existe algum momento em que você
perdoa quem ama, por não ser quem você precisa que seja, e perdoa a si mesmo,
por não perdoá-lo, sentindo raiva, frustração, incompreensão e sobretudo... inconformação?
Ou você simplesmente esquece, finge que não se importa, preenche esse enorme
vazio dentro de si com distrações e segue adiante, porque é isso o que
sobreviventes fazem? Existiria uma terceira hipótese, em que você entende que é
o único que deve completar a si mesmo, e não sofre mais por nenhuma lembrança
ou incompletude?
Busco respostas, e conter-me.
Quero mudar e sinto que o fracasso me observa na primeira esquina. Ao mesmo
tempo, obtive tantas conquistas... será que conseguirei outras mais?
Senhorita T2, em 02/03/2013 às 14:23hs.