quarta-feira, 14 de abril de 2010

MINHA DECADÊNCIA DE SÁBADO!


A grandeza nos acompanha desde o berço... Está ali, diante de nós, nos apoiando, orientando, intimidando... Cada um lida com ela de um modo... Mas ela está sempre ali... desde o berço...


Dizem que muito do drama russo se origina na vodca. Mas será a vodca que leva ao drama, ou o drama que leva à vodca? Seja como for, eu adoro essa bebida de mulherzinha... Não, a vodca pura é uma bebida forte e masculina em minha opinião, na verdade, me refiro a mistura de vodca... com limão e outras coisas. Seja como for, eu gosto de Smirnoff Ice. É vodca, destilada, com meros 5% de álcool. Isso pode levar alguém ao completo embebedamento bedelheiros? Provavelmente não, então, levando-se também em consideração que pessoas com mais glicose no sangue e tecido adiposo na estrutura, levam mais tempo para ficarem embriagados e usando como parâmetro minhas próprias experiências que sempre resultaram em dificuldade para ficar ébria mesmo, após muitas long necks de Skol, ouso dizer com segurança: Não, não estou embriagada com meras duas garrafinhas de Smirnoff Ice, mas sinceramente preferia estar, quer dizer... Qual a vantagem de não ficar alcoolizada o suficiente para dar de cara com minha decadência? A decadência devia ser sempre uma vadia bêbada, que leva as pessoas por indução a se embriagarem, assim, ninguém nunca se lembraria dela com a lucidez com que a encaro neste momento... Sábado, 23:00 hs, e onde estou? No meu quarto, assistindo Old Crhistine, bebendo Ice, completamente só, quando tendo apenas 22 anos de idade, este não deveria ser meu lugar... depois de outra pseudo-discussão com Dra. G, onde ela disse claramente que não iria mais sustentar a casa, que iria se mandar, e que quem quisesse que fosse trabalhar para manter a casa... Esqueceu Dra. G, que enquanto eu não tiver passado na OAB estou no Limbo? Não posso estagiar, porque já estou formada, não posso advogar, porque não tenho OAB... E por quê? Ah querida Dra. G, porque fiz escolhas cretinas e equivocadas no auge da minha juventude... Achei que a ajudando e me dedicando a senhora, seria... AMADA. Hoje eu disse ao Sr. V, meu amigo mineiro, uma pessoa que realmente mora no meu coração, que hoje estou pagando o preço de minhas escolhas infelizes e distorcidas. Não lhe culpo Dra. G, sou adulta o suficiente para reconhecer que o erro foi meu. Se houvesse me dedicado à universidade, estudado mais quando deveria ter estudado, ao invés de me enfiar naquele carro para resolver as SUAS obrigações, como treinar atendentes, pagar contas, fazer feira, buscar e trazer os TS da escola e do trabalho, insistir para que a senhora fosse a esse ou aquele médico dentre outras coisas, certamente teria me formado, em seguida passado na OAB, e me obrigado a ir trabalhar em algum escritório como escrava, para poder ter minha independência e até quem sabe lhe ajudar financeiramente? Mas não, eu tinha que supor que era insubstituível, que a senhora me seria grata por minha dedicação, por fazer as honras de office boy, atendente, administradora, supervisora, motorista, assessora e até mesmo mãe. Quantas vezes eu não tomei atitudes mais sensatas do que a senhora tomaria, com relação aos meus irmãos e a senhora mesmo, como se eu fosse a mãe? MAS EU SOU A FILHA DRA. G! Caberia a mim me descabelar por não ter dinheiro sei lá pra comprar uma camiseta idiota, um mp4, para ir a um show, e não ficar me angustiando por não saber como pagaríamos os empréstimos, a conta de água e de luz, o salário da atendente, em como faríamos se a senhora não atendesse pacientes o suficiente e se os convênios não lhe pagassem. Caberia a mim bancar a tolinha e dar uma resposta mal criada, para em seguida ser posta de castigo. E não a senhora... Agir como age. E agora... Tenho que recuperar o tempo atrasado, estudando coisas que deveria saber de có e salteado, passando na OAB e me angustiando para saber como pagarei os cartões que tirei e os empréstimos que estão no meu nome e que fiz para pagar as contas dessa família, quando o seu dinheiro Dra. G, que eu administrava na época, não era o suficiente. E diante disso, a senhora ainda tem coragem de dizer que T3 deverá trabalhar para pagar a própria faculdade quando seu pai lhe manda uma pensão no valor de R$1.015,00 reais? Dessa vez vamos brigar companheira, porque eu não permitirei que a senhora tire da minha irmã o que é seu por direito, por puro capricho, por querer bancar aos 56 anos de idade a rebelde sem causa, frustrada pelas próprias escolhas. NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM tem culpa das escolhas que fazemos bedelheiros, não esqueçam nunca isso! Dra. G hoje não tem um marido ou um emprego fixo além do consultório, que por sinal, nem em seu nome está, porque os caminhos que ela escolheu a levaram a isso. Assim, como ela não tem culpa por eu ter feito o que fiz, supondo que era meu dever e que de algum modo teria como retribuição...namor e união familiar. Besteira pura. Eu sei, hoje a minha noite está decadente, mas a decadência tem me acompanhado há muitos anos... Desde o dia em que decidi colocar meus pés pela primeira vez por livre e espontânea vontade dentro do trabalho de Dra. G e dali em diante me permiti fugir do que eu sentia, das minhas carências afetivas, supondo que aquela conduta me traria o que eu procurava... Agora, bedelheiros só me resta encarar a realidade e encontrar em mim a força necessária para vencer esta guerra com dignidade e disciplina.
Beijos e Sorrisos.
T2.
P.S.: Esse auê se passou no último sábado....