domingo, 2 de junho de 2013

EU

Busco no espaço, respostas que em mim não encontro. 
E o que vejo, são reflexos do que sei, mas não compreendo. 
Até quando lutarei por respostas, se não encaro as perguntas?
(Esyath Barret)

Já escrevi muito ao longo de toda a minha vida. Ficção, poesia, prosa, contos, diário pessoal e meu maior investimento: o começo do meu livro. Não o terminei por diversas razões, provavelmente por temer o fim, e decepcionar a mim mesma com um texto ruim, fruto de incapacidade e fracasso.
Existem pedaços de mim espalhados por blogs, arquivos de word, cadernos, guardanapos e agendas. Acho que é um reflexo de como me vejo: um bloco que se fragmentou em pedaços profundos e em partículas finas e superficiais.
Quando encaro esses fragmentos, noto que existem vários portais em mim, que trazem a luz... incontáveis versões de quem sou. Ao mesmo tempo, todas levam a mesma estrada: uma pessoa incompleta.
Alguém que mudou muito, e ainda se transforma constantemente, naquilo que mais abomina, e naquilo que deseja ser. A questão é: quando isso terminará?
Existe algum momento em que você perdoa quem ama, por não ser quem você precisa que seja, e perdoa a si mesmo, por não perdoá-lo, sentindo raiva, frustração, incompreensão e sobretudo... inconformação? Ou você simplesmente esquece, finge que não se importa, preenche esse enorme vazio dentro de si com distrações e segue adiante, porque é isso o que sobreviventes fazem? Existiria uma terceira hipótese, em que você entende que é o único que deve completar a si mesmo, e não sofre mais por nenhuma lembrança ou incompletude?
Busco respostas, e conter-me. Quero mudar e sinto que o fracasso me observa na primeira esquina. Ao mesmo tempo, obtive tantas conquistas... será que conseguirei outras mais?

Senhorita T2, em 02/03/2013 às 14:23hs.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

REFLEXÕES DE VIRADA-DE-ANO!


Não existe momento certo para as verdadeiras reflexões,
pois o momento certo é aquele em que estamos.

Engraçado como algumas vezes planejamos seguir um plano e de repente algo acontece e nossos pontos-de-vista são alterados e acabamos nos desviando dos trilhos que nós mesmos queríamos seguir. Eu não sei o que pode nos afastar do caminho que queremos cruzar, afinal, todas as pessoas bem sucedidas sempre dizem que a fórmula é simples, pois se basta que se tenha em mente algo que seja viável, e que sejamos disciplinados e obstinados.

Agora, vamos por partes, obstinada é uma pessoa teimosa, irredutivelmente presa a um plano. Qual era mesmo o meu plano? Esta é sempre a pergunta que precisamos nos repetir para sabermos se conseguimos recordar do que realmente queríamos. No meu caso era passar na prova da OAB de qualquer modo. Então por que não me esforcei mais? Sim, eu fiz uma boa prova, mas eu fui teimosa o suficiente para alcançar meu objetivo?

No fundo, sei que não, então agora estou nesta angústia de ter que esperar o resultado sair no próximo dia 14 para saber se meu intento será alcançado. Sim, ficarei aliviada em passar, tirarei um peso dos ombros e provavelmente minha vida dará uma grande guinada agora em 2011 com isso, mas o que eu me pergunto é: por que não me esforcei mais? Por que não tive a persistência necessária? Maquiavel dizia que os fins justificavam os meios, pois para manter a liderança nas mãos precisamos ser focados, objetivos, pragmáticos e nisso não há espaço para fadiga, preguiça, acomodação ou até mesmo compaixão. Eu concordo com Maquiavel, mas apenas em uma circunstância: se realmente valer a pena.

Talvez o que nos leve a abandonarmos nossas empreitadas tantas vezes no meio do caminho seja o temor de não saber o que nos aguardará quando chegarmos lá. O que faremos depois que essa meta for cumprida? Teremos jogo de cintura suficiente para sabermos lidar com a situação?

Sim, tenho uma certa preguiça para estudar, acho que me acomodei, mas tenho algo que conta sempre a meu favor: a curiosidade.

Mas não é uma curiosidade frívola de querer saber inutilidades da vida alheia, não, é um interesse genuíno em saber das coisas, não apenas para demonstrar aos outros que aprendi algo, mas, para provar a mim que entendo de tudo um pouco. Porque a vida é tão grande e tão cheia de situações inusitadas, maiores do que essas picuinhas domésticas que costuma ser o nosso cotidiano, que meu maior sonho é conhecer tudo, para entender qual é o meu verdadeiro papel aqui.

Mas será isso suficiente para nortear o meu caminho tanto na advocacia quanto na literatura? E se arrepender de abraçar este rumo esquecendo-me de coisas simples... como construir uma vida pessoal? Claro que quero encontrar um grande amor e um dia ter uma grande e linda família, mas isso não me parece ser o suficiente. Eu tenho sede de conhecimento, justiça e ao mesmo tempo... estabilidade, mas apenas quando compreender meu papel nisso tudo. E não acho definitivamente que seja apenas me casar, ser mãe e ficar presa à uma rotina tão limitada onde não poderei fazer uma grande diferença no mundo e na vida das pessoas, ajudando-as de algum modo. Mas se penso assim, porque me sinto... tão presa aqui?

Talvez só consiga descobrir, se em 2011 tentar o diferencial... metas plausíveis onde seguirei meus sonhos... Que talvez só descubra realmente aos poucos...

Mas francamente neste momento, o que mais desejo é que Dra. G consiga entender que seus filhos precisam dela, de seu amor e de seu respeito. No fundo, é como se apenas isso apaziguasse nossos corações o suficiente para sabermos que tomemos o rumo que quisermos, sempre haverá algo estável em nossas vidas: o amor e a compreensão de uma mãe, o verdadeiro esteio da família.

E não essa mesquinharia na qual estamos afundados, onde só há frustração, desrespeito e mágoas pelos constantes xingamentos, julgamentos e preconceitos maledicentes. Uma família pode ser temperamental, tresloucada, tradicional, informal ou bem confusa, mas sem apoio e respeito... ela não consegue representar aquilo que realmente deveria ser: uma unidade.

Desejo de coração que todos vocês, leitores e amigos blogueiros, tenham um ano extraordinariamente apaziguado, cheio de grandes realizações, amadurecimento e amor!.

Beijos e Sorrisos!

Senhorita T2!

domingo, 17 de outubro de 2010

MINHA APROVAÇÃO NA OAB - PARTE I

A vida é exatamente assim... Uma continuidade sem fim
de corpos bonitos, fortes, transparentes e organizados.
Quem não sabe lidar com alguns deles somos nós.
Por isso que crescemos e amadurecemos... Para conseguirmos...
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Eu quero poder dizer “Mãe, eu te amo!”. Eu quero poder escutar “Filha, eu te amo! Você é muito importante para mim!”. Mas eu também quero ganhar na Mega, me tornar uma escritora famosa, ficar magra como Gisele Bündchen, encontrar minha alma gêmea, me tornar uma advogada super respeitada e competente. O que isso quer dizer? Ah caros bedelheiros, o óbvio... Que nem sempre podemos ter tudo o que queremos. A vida é assim, feita de escolhas. Alguns desejos podem ser viáveis, como comer um misto quente no café-da-manhã, tentar ser um ser humano melhor e até mesmo passar na prova da OAB. Outros como ganhar na MEGA, me tornar uma escritora famosa e ser querida pela minha mãe já fogem do meu alcance.
Mas dói sabe? Dói saber que nosso relacionamento é péssimo, não tem mais jeito e que as lágrimas que me tomam nesse momento são de tristeza, frustração e medo pelo que me espera. Eu não quero ficar só! Por isso esses dias eu só pensava na primeira etapa da minha OAB. Porque achei que me focando de cada vez em uma etapa da minha vida eu superaria isso. Mas advinha? Quando chorei de alegria sentindo euforia, incredulidade e alívio, tudo o que queria era ter uma mãe para abraçar, mas o máximo que consegui foi ligar pro meu irmão para contar a novidade. Meu irmão ficou feliz por mim, me deu os parabéns, me agüentou na linha telefônica como uma dislexa, quando fiquei contando meu gabarito duas vezes e repetindo para ele como tinha descoberto que tinha passado. Mas... não foi a mesma coisa. Sabe pedi muito a Deus para passar! Muito porque a minha vida nesse momento depende desse exame, mas a falta de confiança da minha mãe em mim, assim como de apoio, me deixou vazia por dentro. Mesmo com os problemas de relacionamento, confiança e respeito eu costumava acreditar que a minha mãe era meu porto seguro, mas hoje de alguma maneira senti que comecei a caminhar só e isso está me deixando apavorada, desconcertada, embora saiba que já venho nesse rumo há muito tempo. Eu errei muito. Disse coisas que não devia. Tomei rumos equivocados. Mas não posso deixar de pensar que se ela estivesse lá comigo talvez as coisas houvessem sido diferentes.
Eu gosto de pensar que sei das coisas, que ajo com consciência, que tenho senso crítico, que sou um poço de filosofia ambulante. Um ser pensante, que observa o comportamento alheio, pondera o que é certo e o que é errado e toma atitudes satisfatórias e ajustadas. Eu gosto de pensar que não me importo com a opinião do outros e que sei o que estou fazendo. Mas na maioria das vezes, simplesmente não sei! Não é fácil sentir tanta carência dentro de si. Tanta necessidade de um abraço e de alguém que me diga o que devo fazer. Mas principalmente de alguém que me fizesse parar de sentir essas coisas. Tanto minha verdade quanto o que finjo. Sim eu sinto raiva dela. Sim eu me lembro de cada vez em que ela me xingou, ofendeu, disse que eu era a culpada de todos os seus problemas. Não esqueço de como ela disse que eu iria para o Inferno, como sou má e cruel. De como meu peso é vergonhoso para ela. De como ela me odeia. Lembro-me disso e de muito mais. Assim como o fato de que sou uma fracassada que “terminei meu curso nas coxas”, sem saber de nada. Mas mesmo assim eu sinto falta dela. Não posso dizer que amo minha mãe, por que isso seria uma inverdade. Mas não posso dizer que a odeio. Tenho raiva e tenho vontade de xingá-la e magoá-la, não posso negar. Mas ela é a minha mãe. Isso deve valer alguma coisa. Queria superar isso, ser criança novamente para achar que ela é o centro do meu universo mesmo que eu não seja mais o dela. Mas não dá. Sei que quase tudo o que ela me diz não é verdade. Ela apenas é uma pessoa frustrada que desconta toda a sua raiva nos filhos, e isso muitas vezes acaba direcionado para mim. Mas isso não apaga minha tristeza, raiva, impotência e frustração.
Hoje eu estava pensando em como não amo essa mulher. Não amo porque ela não é a minha mãe. A minha mãe era uma pessoa boa, gentil, prestativa, firme, autoritária e que defendia seus filhos e sua família por amor. Essa é mesquinha e covarde. Acha mais fácil culpar aos filhos e ao mundo por seus problemas, do que se erguer para solucionar o que der e enfrentar com dignidade o que precisar. É rabugenta e reclama de tudo aos berros e com ofensas o tempo todo. É possessiva e afastou a todos os filhos porque eles fugiram do modelo idealizado que ela construiu deles para si. Cria um ambiente ao seu redor de hostilidade, agressividade, desrespeito e tensão eterna. Sabe o que no fundo diferencia elas duas? A fé. Eu deixei de acreditar nela. De acreditar que valia a pena e de que era o certo. Pergunto-me se isso terminou de afundá-la. Se a culpa afinal é realmente minha. Eu queria consertar. Mas não vejo como. Como consertar o que você sente por alguém quando ela deliberadamente diz na sua cara que não se importa mais? Quando ela deliberadamente diz que te odeia? Quando ela não consegue enxergar que assim como você, ela também precisa mudar de comportamento e fazer concessões para que as coisas melhorem e que haja amor e harmonia novamente onde talvez nunca tenha havido. Quando ela não consegue enxergar que realmente vale a pena?
Hoje eu tive uma grande vitória! Eu passei na primeira etapa da prova da OAB! Isso foi um grande sinal de que realmente devo advogar e de que essa é a minha missão ou parte dela. O sinal de que as coisas vão mudar e de que devo estar preparada, começando, por exemplo, a estudar para a segunda etapa da prova. Mas também tive uma grande derrota: não tive a companhia e o apoio da minha mãe! Preciso vencer as etapas porque preciso sobreviver e fazer o que tiver de fazer. Mas a que preço se eu estarei só? O que vou fazer com tudo o que tem dentro do meu coração e da minha cabeça?
Uma etapa de cada vez. Eu sei! Mas e se me arrepender no futuro por ter deixado algo passar? Algo que não consigo enxergar. Já tentei conversar sobre isso... Mas quando proponho uma trégua e um comportamento mútuo melhor, só escuto em como “Sou Zé Promessinha, não mudo de comportamento e continuo a desrespeitando. Só escuto que estou acima do peso, sou uma fracassada, má, interesseira e egoísta”. Não ouço nada que se assemelhe a “Me desculpe. Eu também errei, afinal sou humana. Não quis dizer o que disse. É claro que não me arrependo de ter tido você. Não, você não é culpada por minhas doenças. Vou me esforçar para respeitá-la, porque afinal não é porque sou mãe sua e de seus irmãos que posso tudo, inclusive humilhá-los. Mas é claro que não odeio você ou seus irmãos! Todos erramos, mas podemos tentar superar isso! E não, não acho que você colocou seus irmãos (Um homem de 28 e uma menina de 20!) contra mim!”.
Como posso respeitar alguém que acha que pode humilhar aos filhos e ofendê-los apenas pelo fato de ser nossa mãe? Como posso respeitar alguém que fez questão de se intrigar de mim há quase quatro semanas depois de ter me mandado tomar naquele lugar que bem sabemos aonde é, em frente a um supermercado aos gritos, apenas porque estávamos tendo uma discussão? Como posso respeitar alguém que hoje me chamou de fracassada, disse que não sei peticionar, que não sei nem para onde vai Direito e não teve sequer a consideração de me dar os parabéns, mesmo quando tive a capacidade de agradecer a ela por em parte ter me ajudado a passar na prova já que foi ela que financiou meu curso? Deixar uma blusa de presente na minha cama não resolve problema nenhum. Muito menos comprando uma para minha irmã no mesmo dia. Pode ser infantil pensar que eu pelo menos hoje ganharia um presente que fosse só meu, que fosse uma recordação pelo meu exame. Mas o que eu queria mesmo era uma parabenização ou um pouco de lealdade. Apenas isso.
Mas como eu disse... Nem sempre podemos ter tudo o que queremos.
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Beijos e Sorrisos.
Senhorita T2.
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P.S.: Isso tudo se deu no dia 28 de setembro de 2010.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

MINHA CUNHADA E EU!

Dentro do ser humano, existe a criança e o adulto. Ambos travam um duelo onde tentam se impor. Mas cada um vence a seu modo, quando trilham o caminho que precisam e devem, fazendo o que é certo.

Olá bedelheiros, bem, obrigada aos comentários que me deixaram. As três bedelhadas que deram em minha vida foram úteis. Muito úteis. Eu tinha outro texto pra postar, mas andei pensando que talvez antes de trazê-lo, devia me forçar um pouco no momento presente...
Aconteceram algumas coisas recentemente, por exemplo, após meses sem freqüentar a missa, eu decidi que iria novamente. Eu gosto de freqüentar a Igreja S.J.,ela me dá uma sensação inspiradora de renovação e paz. Eu devia ir lá mais vezes, não é? O importante não é a igreja em si, ou minha religião (Católica por sinal, tá? Lembrando-me do meu amigo virtual J.P., devo dizer que sou católica por bases familiares, mas me sinto a vontade dentro da minha religião, quer dizer, ela de alguma maneira me ajuda a ter paz, a encontrar um rumo, uma direção, a acreditar em algo, porque se algum dia, mesmo me sentindo desorientada como me sinto as vezes, eu simplesmente acreditar que depois da morte nada mais nos espera, nem céu, nem reencarnação, nem danação eterna, será como se a vida simplesmente não valesse a pena, quer dizer, que valor tem você viver, construir um legado não apenas financeiro, mas moral e simplesmente deixar que isso morra, por sentir que não há mais nada depois disso? Se eu deixar de acreditar, sentirei que viver não terá valido a pena! E acreditar não é fácil, é muito difícil, mas vale a pena, te ajuda a encontrar um sentido na vida e em tudo que a envolve! Mas voltando ao tema de antes....), mas o que eu encontrei lá. Ontem, tinha um padre que falava “suzinho” ao invés de “sozinho”, mas mesmo trocando o “o” pelo “u”, ele disse uma coisa que é certa, uma coisa que vocês nos comentários do último post também me disseram: que o importante é tomar as rédeas da minha vida e modificá-la, transformando-a no que eu quero e preciso que seja. A única diferença contextual de discurso, foi que o padre disse que não importa a idade que tenhamos. Não dá para mudar o passado, mas dá para no presente lutarmos que para que nosso futuro seja algo de que tenhamos orgulho. Se as nossas ações bedelheiros nos orgulharem, então teremos nos tornado as pessoas que queremos ser. Isso não significa que tudo será um mar de rosas, que não doerá ou não exigirá sacrifícios, mas todo objetivo para ser cumprido tem de vencer obstáculos certo? E o principal não é apenas lutar por isso, mas é acreditar dentro de si, que você pode, que você consegue e que é importante não desistir. Se você acredita que está fazendo o que é certo, não importa como o caminho será trilhado, mas principalmente não podemos deixar de acreditar que somos capazes. Então sim, estou orgulhosa de ter engolido meu orgulho e ter ligado para LF (Loura Falsificada, vulgo cunhada-que-detesto!) para pedir um telefone de um sujeito com quem precisava urgentemente falar, já que aparentemente eu não estava conseguindo falar com T1 (Meu irmão, namorado de LF), para que ele me desse o tal número. Eu não sei onde encontrei minha cara-de-pau, mas a encontrei porque precisava fazer aquilo. Mas o meu grande orgulho está no fato de que sinto que ela me deu um número errado de propósito, já que ela não gosta de mim (O que é mútuo, ou seja, não estou reclamando do fato de que ela não me ama ou me adora! – Sorriso Amarelo.) e mesmo tendo comentado com T3 (Minha irmã caçula, porque eu precisava dizer a alguém o que eu faria!), não vou comentar com T1! Aí reside meu orgulho! Eu não vou comentar com T1, porque não quero mais influenciar seu julgamento em relação a minha cunhada! Ele namora com LF há seis anos, e aparentemente vão noivar nos próximos dias e ele claramente sabe que não gosto dela, mas guardar para mim a idéia que tenho de que ela me deu um número totalmente errado de propósito, mesmo percebendo a urgência na minha voz através do telefone, assim como o fato de que sei que no fundo ela fingiu que não tinha o telefone do escritório do sujeito de quem eu estava atrás (Sei que ela fingiu, porque é impossível não saber os telefones, mesmo que sejam do escritório do sujeito, pois eles trabalham há mais de dois anos juntos, ainda mais quando o chefe deles precisa de todos os telefones da equipe!) me deixa orgulhosa! Porque isso é ser íntegro, é não tentar denegrir a imagem de uma pessoa perante aquele que a ama, para assim permitir que seguindo o livre-arbítrio meu irmão decida sozinho se vale a pena ou não seguir nessa união. Se decidisse fofocar, pareceria que estava tentando fazê-lo enxergá-la como a vejo, como se caçasse as negatividades dela, para mostrar que ela não vale a pena. Mas quem namora com ela não sou eu, então no fundo, quem deve ter o senso de enxergar as coisas e decidir isso não sou eu e sim, ele! Se fosse há uns dias eu contaria a ele com gosto, mas não quero me vulgarizar e ultrapassar o limite, me metendo em um relacionamento que não é da minha conta. Isso é o certo, não é? Bom, eu acho que sim! Talvez de alguma maneira.... Eu esteja crescendo!
Bom, sabe o padre? Bem, o bom padre disse que se você começa seu dia com humor, paz e boa-vontade, todo o seu dia e sua semana serão assim: humorados, apaziguados e bons. Mas se você começa com maldade, egoísmo e rancor... Tudo será exatamente assim!
Eu não gosto dela, talvez nunca goste, não aprovo esse relacionamento e provavelmente nunca aprovarei, mas não quero que meu irmão pense que sou egoísta e que não estou do lado dele! Eu só quero que ele seja feliz. E para isso, preciso aprender a respeitar as escolhas dele, certo? Bom, pelo menos dessa vez eu espero estar fazendo o que é certo... E quanto a OAB... Ai Jesus... Preciso estudar o Estatuto da OAB, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, além de responder as cinco provas que tenho aqui.... Afinal meu exame será no próximo dia 13, um dia após meu aniversário! Preciso acreditar que dessa vez será diferente.... Se não acreditar, nada mais valerá a pena... Todos precisamos acreditar em alguma coisa, não é?

Beijos e Sorrisos.
Senhorita T2.


P.S.: Mesmo assim, não posso negar que eu adoraria que a garota sumisse de nossas vidas, e assim Dra. G (Minha mãe!) se desentendesse menos com meu irmão, para que eles tivessem a chance de recomeçar do zero... Sonhar não faz mal a alma não é? - Leve sorriso descrente no meu rosto neste momento.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

MINHA DECADÊNCIA DE SÁBADO!


A grandeza nos acompanha desde o berço... Está ali, diante de nós, nos apoiando, orientando, intimidando... Cada um lida com ela de um modo... Mas ela está sempre ali... desde o berço...


Dizem que muito do drama russo se origina na vodca. Mas será a vodca que leva ao drama, ou o drama que leva à vodca? Seja como for, eu adoro essa bebida de mulherzinha... Não, a vodca pura é uma bebida forte e masculina em minha opinião, na verdade, me refiro a mistura de vodca... com limão e outras coisas. Seja como for, eu gosto de Smirnoff Ice. É vodca, destilada, com meros 5% de álcool. Isso pode levar alguém ao completo embebedamento bedelheiros? Provavelmente não, então, levando-se também em consideração que pessoas com mais glicose no sangue e tecido adiposo na estrutura, levam mais tempo para ficarem embriagados e usando como parâmetro minhas próprias experiências que sempre resultaram em dificuldade para ficar ébria mesmo, após muitas long necks de Skol, ouso dizer com segurança: Não, não estou embriagada com meras duas garrafinhas de Smirnoff Ice, mas sinceramente preferia estar, quer dizer... Qual a vantagem de não ficar alcoolizada o suficiente para dar de cara com minha decadência? A decadência devia ser sempre uma vadia bêbada, que leva as pessoas por indução a se embriagarem, assim, ninguém nunca se lembraria dela com a lucidez com que a encaro neste momento... Sábado, 23:00 hs, e onde estou? No meu quarto, assistindo Old Crhistine, bebendo Ice, completamente só, quando tendo apenas 22 anos de idade, este não deveria ser meu lugar... depois de outra pseudo-discussão com Dra. G, onde ela disse claramente que não iria mais sustentar a casa, que iria se mandar, e que quem quisesse que fosse trabalhar para manter a casa... Esqueceu Dra. G, que enquanto eu não tiver passado na OAB estou no Limbo? Não posso estagiar, porque já estou formada, não posso advogar, porque não tenho OAB... E por quê? Ah querida Dra. G, porque fiz escolhas cretinas e equivocadas no auge da minha juventude... Achei que a ajudando e me dedicando a senhora, seria... AMADA. Hoje eu disse ao Sr. V, meu amigo mineiro, uma pessoa que realmente mora no meu coração, que hoje estou pagando o preço de minhas escolhas infelizes e distorcidas. Não lhe culpo Dra. G, sou adulta o suficiente para reconhecer que o erro foi meu. Se houvesse me dedicado à universidade, estudado mais quando deveria ter estudado, ao invés de me enfiar naquele carro para resolver as SUAS obrigações, como treinar atendentes, pagar contas, fazer feira, buscar e trazer os TS da escola e do trabalho, insistir para que a senhora fosse a esse ou aquele médico dentre outras coisas, certamente teria me formado, em seguida passado na OAB, e me obrigado a ir trabalhar em algum escritório como escrava, para poder ter minha independência e até quem sabe lhe ajudar financeiramente? Mas não, eu tinha que supor que era insubstituível, que a senhora me seria grata por minha dedicação, por fazer as honras de office boy, atendente, administradora, supervisora, motorista, assessora e até mesmo mãe. Quantas vezes eu não tomei atitudes mais sensatas do que a senhora tomaria, com relação aos meus irmãos e a senhora mesmo, como se eu fosse a mãe? MAS EU SOU A FILHA DRA. G! Caberia a mim me descabelar por não ter dinheiro sei lá pra comprar uma camiseta idiota, um mp4, para ir a um show, e não ficar me angustiando por não saber como pagaríamos os empréstimos, a conta de água e de luz, o salário da atendente, em como faríamos se a senhora não atendesse pacientes o suficiente e se os convênios não lhe pagassem. Caberia a mim bancar a tolinha e dar uma resposta mal criada, para em seguida ser posta de castigo. E não a senhora... Agir como age. E agora... Tenho que recuperar o tempo atrasado, estudando coisas que deveria saber de có e salteado, passando na OAB e me angustiando para saber como pagarei os cartões que tirei e os empréstimos que estão no meu nome e que fiz para pagar as contas dessa família, quando o seu dinheiro Dra. G, que eu administrava na época, não era o suficiente. E diante disso, a senhora ainda tem coragem de dizer que T3 deverá trabalhar para pagar a própria faculdade quando seu pai lhe manda uma pensão no valor de R$1.015,00 reais? Dessa vez vamos brigar companheira, porque eu não permitirei que a senhora tire da minha irmã o que é seu por direito, por puro capricho, por querer bancar aos 56 anos de idade a rebelde sem causa, frustrada pelas próprias escolhas. NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM tem culpa das escolhas que fazemos bedelheiros, não esqueçam nunca isso! Dra. G hoje não tem um marido ou um emprego fixo além do consultório, que por sinal, nem em seu nome está, porque os caminhos que ela escolheu a levaram a isso. Assim, como ela não tem culpa por eu ter feito o que fiz, supondo que era meu dever e que de algum modo teria como retribuição...namor e união familiar. Besteira pura. Eu sei, hoje a minha noite está decadente, mas a decadência tem me acompanhado há muitos anos... Desde o dia em que decidi colocar meus pés pela primeira vez por livre e espontânea vontade dentro do trabalho de Dra. G e dali em diante me permiti fugir do que eu sentia, das minhas carências afetivas, supondo que aquela conduta me traria o que eu procurava... Agora, bedelheiros só me resta encarar a realidade e encontrar em mim a força necessária para vencer esta guerra com dignidade e disciplina.
Beijos e Sorrisos.
T2.
P.S.: Esse auê se passou no último sábado....

terça-feira, 30 de março de 2010

AS BRIGAS DA MINHA MÃE!



Na vida temos uma tendência nata de duelar. Por vezes duelos francos e honrados... E por vezes duelos que se travam sem o menor respeito pelo adversário... Estes em geral... são os que doem mais...

Por quê é que Dra. G já acorda de mau-humor? Cara, é sério, hoje eu olhei uns scraps que ela deixou no meu Orkut, e fotos e de repente senti uma certeza que há anos eu não sentia: de que eu a amo muito. Ela é uma pessoa dura, amarga, forte, difícil, mas é uma pessoa que eu amo! Só que nós brigamos tanto, discutimos tanto, o que desperta em mim tanta raiva, frustração, rancor e agressividade que as vezes esqueço o que realmente sinto por minha mãe. Eu acho que nós somos sim influenciados um pouco pelo meio em que convivemos e se vivemos em um seio violento, barulhento e problemático, acabamos ficando assim... Violentos, barulhentos e problemáticos. E é aí que me pergunto... O que leva Dra. G a viver neste clima? Eu sei que ela tem muitas frustrações, e razões próprias para sentir o que sente, mas ela não pode continuar a viver assim, sentindo essa raiva toda dentro de si e agindo agressivamente com todos que a cercam. Se isso é um pedido desesperado de socorro, eu preciso te dizer Dra. G: você se expressa muito mal! Você não se expressa como quem pede ajuda e socorro, você não está dizendo que está se sentindo só, perdida, infeliz e que quer uma solução! Você está dizendo ao mundo que ele é o culpado de todos os seus problemas, que você é apenas uma vítima e que o odeia por isso. E por isso sempre enumera tudo de mal que ele te fez, pois quer que ele nunca esqueça o que supõe que ele lhe fez, para que se sinta tão miserável, só e infeliz quanto você. Você tenta humilhá-lo porque se sente humilhada! Mas minha caríssima, isso só vai te arrastar para um buraco cada vez maior! Por quê você não consegue ver ou enxergar isso? Por quê? Eu já tentei te dizer G, nada é culpa minha e nem dos outros TS. Na vida tomamos atitudes e adotamos escolhas que geram novas circunstâncias e nem sempre estas serão aquelas que esperamos. Mas é uma escolha nossa e não de terceiros. Podemos então escolhermos dois caminhos: ficarmos sentados nos vitimizando e chorando nossas frustrações sentados, descontando o que sentimos nos outros, deixando a vida passar diante de nossos olhos, enquanto morremos aos poucos por dentro e por fora, ou podemos pisar no chão, nos levantarmos e escolhermos sermos responsáveis por nossas vidas, encontrando um meio de esquecermos as dores passadas, de perdoarmos quem nos magoou, consequentemente nos perdoando, melhorando nossos relacionamentos com aqueles que amamos e tentando encontrar um caminho onde nos sintamos... pelo menos em paz. Mas como te fazer ver isso querida G? Seu comportamento acaba afastando a todos ao seu redor, os fazendo oscilar entre a raiva, a pena e a culpa pelo que sentem. Ah minha mãe, eu realmente a amo, mas não sei mais como ajudá-la. Alguém aí sabe como fazer aqueles que amamos verem que estão se destruindo por dentro e por fora, se afastando da realidade e do presente? Ela mal acordou e já começou a brigar. Nada de conversas, nada de diálogos. Apenas lamúrias e acusações, todas feitas de modo agressivo. E quando tentei me aproximar, lhe dizendo o quanto a amo, ela simplesmente me afastou. Me olhou chorosa, se afastando de mim como se eu fosse uma cobra venenosa e ácida e disse para que eu a deixasse. Depois para variar me desrespeitou e ofendeu. Nem me lembro o que ela disse... Algo como “Você é a culpada por todos os meus problemas!”, então eu pedi que ela abandonasse o cinismo e me esquecesse. Fingisse que eu havia morrido! Não é o que eu pretendia dizer, afinal ela é a minha mãe... Mas o que você diz a alguém quando ela infinitamente diz que te odeia, que você irá para o Inferno, que é a responsável por todos os seus problemas, que te odeia!? Você grita com ela também e age duramente, mostrando que não é uma rosinha se despetalando, afinal, você já pediu desculpas pelo que reconhece que errou e pediu que vocês tentassem encontrar uma solução, você disse isso muitas vezes até chorando e ela simplesmente te olhou e aproveitou para passar mais uma vez na sua cara o quanto você é miserável, vil e abjeta. Ela usou essa oportunidade para mais uma vez dizer o quanto odeia você e apenas quer distância de você. Então por que simplesmente depois de todo esse desrespeito, você deve abaixar a cabeça como se realmente fosse uma marginal pérfida que reconhece a própria miserabilidade? Eu até poderia dizer que devo ficar calada, e me resignar por respeito à sua dor, pelo amor que lhe dedico e pela gratidão que sinto por tudo de bom que ela fez por mim até hoje como Mãe e como Humana, até mais do que deveria e seria aconselhável, mas aí então, eu estaria colaborando para que ela continue como está, como se lhe desse razão e passaria por cima de minha própria dignidade e quando fazemos isso é porque deixamos de nos amar e então ficamos exatamente como Dra. G: com pena de nós mesmos, imersos na dor, nos arrependimentos, na amargura e na violência. E isso é errado, muito errado... Então preciso me lembrar do que Bob Dylan disse para saber exatamente o que devo fazer... “Aja como você quer ser, e então você será como age.”.
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Beijos e Abraços.
Senhorita T2.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O PASSADO E A MINHA MÃE!


O passado sempre retorna... mas não tem que te assombrar. Esta escolha é sua... assim como de qualquer ser livre...


As pessoas necessitam seguir em frente, e aí reside o grande drama do ser humano... Ele praticamente não consegue, tem que ficar preso ao passado porque é tudo o que ele conhece, ele teme largar e seguir em frente, porque não sabe o que virá na frente e o perigo e a dor podem ser bem mais insuportáveis do que as passadas... Talvez por isso, mulheres traídas que perderam a fé nos homens não consigam se entregar com liberdade e confiança a um novo amor, pois vivem de rememorar a dor passada... Por isso irmãos que estão brigados há anos não conseguem fazer as pazes, por isso casais divorciados há décadas continuam a se detestarem mutuamente e por isso muitas vezes nós... presos em nossas agonias antigas não consigamos esquecer e perdoar e seguirmos em frente... Aqueles sorrisos, esperanças, alegrias, abraços, promessas, lágrimas, gritos, frustrações, dores, ofensas, ameaças... fé... Passaram, mas como as vivemos em cada fração de segundo, as conhecemos, dominamos, sabemos o que delas esperar.... Mas o futuro... É apenas uma grande incógnita.
Por quê estou pensando nisso? Minha mãe... Ela acabou de me fazer pensar nisso... Todas as vezes que se irrita com algo, que discute conosco (Me refiro a mim e aos outros T(S) da casa!) tem que passar na nossa cara nossos erros para com ela, esclarecer que fez muitas escolhas que a frustraram para que hoje tenhamos o conforto e segurança que temos... E mais uma vez me convenço de que a minha mãe vive presa ao passado, se nega a seguir em frente e isso afeta a todos.
Sabe, minha mãe é uma mulher que quando criança eu sempre admirei e obedecia cegamente. Eu não fui dessas crianças desafiadoras, questionadoras, na verdade, fui uma menina doce, tinha algumas travessuras, afinal quem não tem, mas o máximo de rebeldia que eu demonstrava ter era tirar minhas meia-calças sem que ela visse, geralmente com o aval de vovó, porque elas pinicavam minha pele (Até hoje detesto meia-calça!) e três vezes fiz uma coisa errada, sabendo que era errado... Mas isso é uma outra história... O fato é que a admirava, achava linda e se você me perguntasse qual era a coisa ou a pessoa mais importante da minha vida... Eu sempre respondia sem pestanejar: Minha Mãe.
Eu sei que amei muito a minha avó e às vezes até chamava-a de mamãe, mas a minha mãe... Nossa, como eu a amei! Eu cresci vendo-a apenas como uma heroína, não me importava se ela me batia na frente de estranhos quando julgava que eu havia feito algo errado, se me obrigava a usar aquelas malditas meia-calças, se gritava comigo, falava palavrões, se dizia que a filha que mais amava na vida era a minha irmã adotiva, se batia em mim com colher de madeira na palma das mãos porque eu não conseguia decorar as siglas dos Estados (Algo que por sinal até hoje não sei direito!) para o trabalho da escola, se quebrou meus tamagoshis (Sabe aquele chaveirinho virtual onde você criava um animalzinho virtualmente?) com um martelo porque eu estava brigando com minha irmã caçula ou se atirava em mim a sandália havaiana porque quando estava sentada no telefone conferindo cheques e extratos eu a atrapalhava, me deitando na cama, empurrando devagarzinho os papéis do colo dela para colocar minha cabeça lá, para em seguida pegar a mão dela com a minha própria mão e passar na minha cabeça... Não importava. Naquela época tudo era simples. Eu era a filha. Ela era a mãe. Ela cuidava de mim e era a adulta. Eu então a amava.
Mas quando cresci... Por muito tempo permaneci presa neste tempo... Supondo que minha mãe estava certa sempre e que era a mais sábia das mulheres e que se fazia algo de que eu discordava é porque sabia o que estava fazendo e tinha sempre a melhor das intenções... Mas vocês já devem ter escutado aquele ditado que diz que de boas intenções o Inferno está mais do que cheio? Mas no próximo post eu continuo a falar disso... E de minha mãe. Pena que eu não posso mais ser criança... A questão é: eu realmente cresci?

Sorrisos e Abraços.
Até a próxima!
T2